Cantos de Entrada e de Comunhão
a partir da 3ª edição típica do Missal Romano
QUERO ESCUTAR

Cantar a Liturgia com autenticidade e beleza


Escrito e arranjado pelos artistas Pe. José Weber, SVD, e Delphim Rezende Porto, em colaboração com a Abadia da Ressurreição, o Antifonário do Missal Romano é uma excelente referência para o canto da Santa Missa.


Apresentando melodias para o canto da Assembleia com o suporte do órgão e do coro das antífonas da 3ª edição típica do Missal Romano, este Antifonário oferece à Igreja do Brasil uma opção pastoral para o canto das antífonas de Entrada e Comunhão da Santa Missa. Trata-se de um instrumento precioso para animadores, músicos e comunidades que buscam celebrar com fidelidade e beleza a Eucaristia.


Tenho a satisfação de apresentar o projeto Antifonário do Missal Romano. Cantos de entrada e comunhão, desenvolvido por dois amantes do canto litúrgico, Pe. José Weber, SVD, e Maestro Delphim Rezende Porto em parceria com a Abadia da Ressurreição - PR.


As antífonas de entrada e de comunhão, com frequência, são ignoradas na celebração da missa. No entanto, elas contêm uma riqueza muito grande de significado e foram introduzidas com o propósito de ajudar a introduzir bem a cada um desses momentos da celebração.


Por isso, o trabalho de Pe. Weber e do Maestro Delphim pode contribuir bem para que esses elementos da celebração sejam mais valorizados e cantados pela comunidade celebrante. As melodias são simples e facilmente cantáveis pelo povo. A mesma melodia pode até ser usada para vários textos, facilitando a sua execução pastoral. As antífonas já foram provadas com a participação do povo na catedral de São Paulo, onde ambos atuam regularmente.


Faço votos que esta publicação tenha boa acolhida e contribua para a

celebração da liturgia em nossas comunidades.


São Paulo, 22 de junho de 2025.

Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo

As Antífonas

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Em toda celebração eucarística, a comunidade cristã refaz a experiência do povo de Israel que caminhava guiado pela coluna luminosa. A nova coluna luminosa que guia o novo povo de Deus é Cristo, a luz do mundo (cf. Jo 8,12). Não apenas a luz, Ele é também a pedra rejeitada e que se tornou, por sua ressurreição dos mortos, a pedra angular (cf. At 4,11; 1Pd 2,4). Não somente coluna luminosa e pedra angular, ele é o templo novo onde se reúnem os filhos de Deus que andavam dispersos (cf. Jo 2,19-21; 11,52). Não apenas luz, não somente pedra, não exclusivamente templo. Cristo é o Sacerdote (cf. Hb 2,17; 3,14,14), Cristo é a “vítima de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 4,10), Cristo é o altar (cf. prefácio V, do TP) e todo crente que se aproxima dele encontra a verdadeira alegria que renova toda a criação. Canta e caminha! (Santo Agostinho). O imperativo agostiniano constitui uma síntese muito eficaz dos três grandes momentos processionais da celebração eucarística. Canto e elemento processional são os dois sintagmas fundamentais que determinam e marcam o ritmo do celebrar cristão.


Na Eucaristia, um único termo latino – “introitus” (entrada) – indica, contemporaneamente a palavra modulada pelo som, a melodia do canto, e o movimento dos corpos, a procissão solene de entrada dos ministros, imagem de toda a Igreja que caminha na direção do altar. O altar deve ser entendido como o “Sol oriens”: a luz de orientação de cada batizado, sempre identificado, identificada, como “Homo viator, spe erectus” (um viandante, criado na esperança). O altar se torna o “perfugium tutum” (porto seguro), mas sobretudo, a “forma corporis”, a imagem do corpo de Cristo. A procissão na sua direção indica a entrada da salvação e da graça no mundo, o “Advento dançante” de Cristo escoltado pelos dois Testamentos e cercado pelo coro dos santos, apóstolos e profetas, mártires e evangelistas, genitores e virgens. Trata-se de uma composição ordenada matizada por ações, gestos, movimentos harmonizados com música e canto.
A procissão para a comunhão, por sua vez, constrói uma ponte entre a mesa da Palavra e a mesa eucarística, pois ela é a experiência que os cristãos fazem, quais “mendigos do céu”, com a Palavra de Deus na boca, enquanto se aproximam do altar para comer a mesma Palavra que se faz pão da vida eterna. Essa Palavra que os cristãos carregam em suas bocas é uma Palavra que assume a forma da palavra humana (fonemas, métricas, rimas, sons etc.), mas, como é a Palavra da salvação, os cristãos a tornam mais solene quando o fazem em forma de canto.
Desde tempos remotos os cristãos associam, numa espécie de sinestesia espiritual, vista, tato, paladar, canto; sentidos humanos que regidos pelo gesto ritual, juntos, fazem desabrochar a suave e delicada docilidade do Senhor, especialmente quando se aproximam do altar para que, assimilando o corpo divino, sejam assemelhados ao corpo deificante.
A “lex orandi” da Igreja transformou certos versículos da Sagrada Escritura em formas musicais para acompanhar os gestos rituais do culto. Esses “versos selecionados”, curtos e para serem cantados de cor, atuam como antífonas para o canto dos salmos na Liturgia das Horas, mas também como antífonas para os salmos que são cantados durante as procissões nas missas, especialmente a procissão da entrada e da comunhão.
A Igreja do nosso milênio herdou uma coleção dessas antífonas destinadas à celebração eucarística, registradas atualmente no Gradual Romano, tão intimamente ligadas as melodias que lhe dão forma, de modo a não poderem existir uma (a forma literária) sem a outra (a forma musical).
Com o enriquecimento de formulários de missa ocorrido na última reforma litúrgica, especialmente para a missa sem canto, surgiu a necessidade de que a Igreja voltasse a escolher novas outras antífonas. Essas antífonas, não destinadas ao canto, encontram-se registradas em todos os formulários do Missal Romano restaurado.
Textualmente, elas preenchem todos os requisitos estabelecidos pelo Concílio Vaticano II (cf. SC cap. VI: “De musica sacra”) para um autêntico texto destinado ao canto litúrgico. A genialidade musical do Padre José Weber e do maestro Delphim Porto, da “São Paulo Schola Cantorum”, deu aos textos das “Antífonas da entrada” uma roupagem sonante acessível às nossas assembleias, constituídas por batizados de todas as idades e níveis. As “Antífonas da comunhão” são fruto de mais de quarenta anos de experimentação. Nasceram, concretamente, da “lex orandi” da comunidade monástica do Mosteiro da Ressurreição (Ponta Grossa – PR) e são articuladas segundo a “lex canendi” da Igreja romana. A linguagem musical modal das Antífonas “monásticas” é calcada sobre a forma paterna do Canto Gregoriano.
A música que compõe esse trabalho é “universal”, tanto pela sua fidelidade ao texto, o que faz com que acompanhe a mais antiga tradição musical litúrgica cristã de palavra cantada e não música palavriada, quanto ao estilo sonoro.
Finalmente, é-nos mister sublinhar que o título sabiamente dado a esse trabalho – “Antiphonarium Missalis” – Antifonário do Missal, que corresponde, em plenitude, à tradição mais remota dos livros litúrgicos romanos. A escolha do título de um livro litúrgico se dá segundo o princípio de que o conteúdo determina a forma, tanto “in genere” (Missal = Coleção formulários completos de missa; Lecionário = Coleção de todas as categorias de leituras), quanto “in specie” (collectarium = Coleção das orações Coletas; psalterium = Coleção de Salmos). O mesmo para a “bibliotheca musicalis liturgicae”: cantatorium = Coleção de cânticos; sequentiarium = Coleção das sequências... Antiphonarium = Coleção de antífonas.
Espero que esse serviço, em parceria com as Edições CNBB, possa contribuir para que a liturgia no nosso país se transforme sempre mais naquilo que ela é: “ação sagrada por excelência por ser ação de Cristo e de seu Corpo, que é a Igreja, e que, por isso, nenhuma outra ação na Igreja lhe igualha, sob o mesmo título e grau”, glorificação de Deus e salvação dos homens (SC 7).
In pace fixus
Dom Jerônimo Pereira, OSB
Presidente da ASLI
Roma, 3 de julho de 2025 – festa de São Tomé, apóstolo.

Artistas participantes

Pe. José Weber, SVD

é um dos mais influentes compositores católicos no Brasil, autor de hinos amplamente cantados em língua portuguesa. Entre suas obras destacam-se a versão musical da Liturgia das Horas, dos Salmos Responsoriais, a obra “Cantos do Evangelho”, e uma extensa produção artística, litúrgica e pastoral para coro e povo.

Delphim Rezende Porto

é organista, cravista e regente, com Mestrado e Doutorado em Musicologia. Em 2024, recebeu a Medalha S. Paulo apóstolo da Arquidiocese por sua contribuição pastoral através da Música Litúrgica e colabora intensamente na Extensão Universitária da Faculdade de Teologia da PUC-SP. Ele se dedica à Pesquisa e a Performance musical nos âmbitos acadêmico e artístico, e atualmente é Diretor de Música da Catedral da Sé de S. Paulo – Arquidiocese de São Paulo.

Conjunto dirigido por Regiane Martinez e Delphim Rezende Porto, é especializado na Literatura Sacra Cristã Histórica e, desde 2017, tem se dedicado a difusão de concertos, gravações e cursos no Brasil e no exterior. Por ocasião do Jubileu da Igreja Católica em 2025, foi convidada pela CNBB para gravar a versão nacional oficial do Hino do Jubileu “Peregrinos de Esperança”.

Em breve!

Uma nova referência para a música litúrgica no Brasil

A Edições CNBB apresenta com alegria os Cadernos de Partituras do Antifonário do Missal Romano, uma coleção inédita e cuidadosamente preparada para valorizar ainda mais a beleza e a dignidade da música litúrgica em nossas celebrações.

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Cante com a Igreja. Sirva com beleza.

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